Os donos do Diário de Anne Frank

Em artigo anterior, falamos sobre o escritor de O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry, seu misterioso desaparecimento e o fato de, em 2015, a sua obra ter caído em domínio público, o que explica a enxurrada de lançamentos do famoso livro no mundo todo, inclusive no Brasil.

Em 2016, esse seria o provável destino de outra obra de prestígio, O Diário de Anne Frank. Escrito por uma adolescente judia durante o período em que ela e sua família se escondiam da perseguição nazista, o livro veio a público depois da Segunda Guerra Mundial e comoveu o mundo.

Passados 70 anos da morte da autora, ocorrida em 1945, a obra estaria livre para publicação, sem necessidade do pagamento de direitos autorais. Porém, se depender da Anne Frank Fonds, fundação suíça criada em 1963 pelo pai de Anne, isso não vai acontecer tão cedo. Segundo a entidade, Otto Frank, que viveu até 1980, seria coautor do livro. O assunto começou a gerar polêmica no ano passado e, pelo visto, ainda vai longe.

Continuar Lendo

A morte do Pequeno Príncipe

Em 2015, muitos leitores se surpreenderam com a quantidade de exemplares de O Pequeno Príncipe nas livrarias. De certa forma isso não era novidade, pois a obra, lançada em 1943 e traduzida para mais de 250 idiomas e dialetos, é um dos livros mais vendidos da história, cerca de 150 milhões de cópias.

O que chamou a atenção, no caso, era a variedade de capas e edições, cada qual organizada por uma editora diferente.

O fenômeno tem uma explicação. Em 2014, a morte do autor da obra, Antoine de Saint-Exupéry, completou 70 anos, o que fez que, a partir de 1º de janeiro do ano passado, ela caísse em domínio público. Livres da obrigação de pagar direitos autorais, as editoras avançaram no filão, mudando apenas a forma e o grau de sofisticação de suas edições.

Essa situação é um aspecto do mercado editorial. O que pouca gente sabe é que o autor de O Pequeno Príncipe tem uma história tão fascinante quanto as que ele conta em seus livros.

Continuar Lendo